Tudo o que você precisa saber sobre rede elétrica aérea em média tensão

por | 21/01/2020

Falar sobre rede elétrica aérea de média tensão é muito importante. Afinal, esse sistema é fundamental para que o consumidor receba energia em casa e consiga usufruir de suas comodidades e benefícios.

Apesar disso, há muitas dúvidas e incertezas sobre o tema. Aliás, muitos engenheiros e profissionais da área consideram o assunto complexo e repleto de situações sem uma explicação clara e adequada.

Para acabar com esse problema, trouxemos para o blog este conteúdo com informações e dicas importantes sobre esse importante sistema de transmissão de energia. Acompanhe!

O que é uma rede elétrica aérea?

A rede elétrica aérea é a mais utilizada no Brasil e se baseia no uso de cabos aéreos, com revestimento isolante, para o transporte da energia que sai das usinas e geradores até o consumidor.

Esse sistema conta ainda com a presença de grandes torres de metal, podendo ser de alta, média e baixa tensão. A ideia é que a alternância desses níveis durante o trajeto faça com que a energia elétrica chegue ao destino de maneira segura e eficiente.

Sendo assim, podemos dizer que uma rede elétrica aérea é aquela que visualizamos nos cabeamentos dentro e fora das cidades — contrário da subterrânea, que é estruturada abaixo do solo.

O que caracteriza uma rede elétrica de média tensão?

Por padrão, as linhas de transmissão de energia elétrica no país devem ser classificadas levando em consideração o nível de tensão de sua operação. Nesse caso, cada uma das faixas é representada por um código:

  • A1 – Tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;
  • A2 – Tensão de fornecimento entre 88 kV e 138 kV;
  • A3 – Tensão de fornecimento de 69 kV.

É importante destacar que as empresas que atuam com distribuição de energia podem operar com linhas de média e baixa tensão, ou redes primária e secundária, respectivamente.

Nesse sentido, é possível dizer que redes de média tensão têm uma tensão elétrica entre 2,3 kV e 44 kV. Elas são facilmente encontradas e visualizadas nas ruas e avenidas urbanas e são compostas por três cabos aéreos sustentados por postes de concreto.

Em relação às redes de baixa tensão, é preciso saber que elas operam com uma tensão que varia de 110 a 440V e utilizam os mesmos postes de concreto das redes de média tensão, porém estão localizadas abaixo desse cabeamento.

Quais são os tipos de redes de distribuição aérea?

Seguindo com o post, agora é hora de conhecer um pouco mais sobre os tipos de redes de distribuição de energia elétrica aérea. Sobre isso, você precisa saber que existem três modelos básicos: o convencional, a compacta e a isolada. Confira!

Rede de distribuição aérea convencional

Como o nome sugere, esse é o modelo mais comum e utilizado no país. Entretanto, uma de suas principais características é a falta de isolamento nos condutores elétricos, o que acaba tornando-a mais vulnerável e insegura, inclusive com um risco maior de curto-circuito.

Rede de distribuição aérea compacta

Esse modelo pode ser considerado um avanço em relação ao anterior, pois é mais seguro e estável. Além dos condutores receberem uma camada de isolante, essa rede é mais compacta, ou seja, ocupa menos espaço que a convencional.

Rede de distribuição aérea isolada

A rede de distribuição aérea isolada, como o nome nos leva a entender, é mais protegida do que as demais. Isso acontece porque os condutores recebem uma boa camada de isolação, o que permite, inclusive, que sejam trançados. No entanto, é válido destacar que o modelo é mais caro e, por isso, é destinado a casos especiais.

Quais são as desvantagens da rede elétrica aérea?

Não é difícil concluir que a grande maioria das redes elétricas existentes no Brasil são do modelo aéreo. Isso é facilmente percebido por meio de uma rápida observação, mas é necessário olhar para essa situação com mais atenção.

De fato, mesmo estando acostumados a trabalhar com esse tipo de rede, ele apresenta pontos negativos que precisam ser avaliados pelos profissionais da área. Isso porque, além da poluição visual, ela traz outros riscos e problemas, como:

  • Maior demanda de manutenção, o que representa mais gastos e possível suspensão do fornecimento de energia;
  • Os cabos estão mais expostos ao risco de rompimento causado por ventanias, chuvas, queda de árvores e até acidentes de trânsito;
  • Expõe o usuário a riscos de choques, especialmente no caso de rompimento do cabeamento e obras próximas à rede;
  • Exigem uma logística maior para serem manuseadas, o que pode demandar o fechamento de ruas e a suspensão do fornecimento de energia por longos períodos;
  • Traz riscos aos engenheiros e técnicos que precisam trabalhar em alturas elevadas para realizar manutenções e ajustes.

Apesar de tudo isso, é importante mencionar que a instalação de uma rede elétrica aérea é mais barata do que a subterrânea. Com isso, nem sempre é viável abandoná-la, cabendo aos profissionais responsáveis um estudo aprofundado sobre as melhores estratégias para deixá-la mais segura e eficiente.

Conseguiu sanar todas suas dúvidas sobre a rede elétrica aérea? Se você atua na área, é importante se atualizar e buscar mais informações sobre o tema, pois seu trabalho pode se tornar muito mais produtivo. Afinal, uma das qualidades que o mercado mais requisita na área de engenharia elétrica é a aplicação de técnicas e conceitos inovadores. Pense nisso!

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